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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

JOVEM DE 18 ANOS CONQUISTA 1º LUGAR EM MEDICINA DA UFAL



   Ser aprovado no curso de Medicina, o mais concorrido da Universidade Federal de Alagoas, não é uma tarefa fácil; e estar em primeiro lugar na classificação é ainda mais crucial. Foi o que aconteceu com o alagoano Jonas Augusto França Santos, de apenas 18 anos, que conseguiu a aprovação em seu segundo vestibular. E já que sempre se tem um preço para alcançar o sucesso, disciplina e dedicação redobradas com relação ao ano anterior foram imprescindíveis para que o estudante atingisse essa meta.

   Segundo Jonas, o que o motivou a optar por estudar Medicina foram os grandes exemplos que integram sua família paterna, contando com tios e primos nos quais se espelha. Otorrinolaringologia, anestesiologia e oftalmologia são as áreas em que boa parte de seus familiares atuam; a maioria deles nesta última. O jovem estudante diz que apesar de ser bastante cedo para escolher em qual das áreas pretende atuar, a oftalmologia é um possível caminho a ser trilhado.

   Além da repercutida aprovação da Ufal, Jonas também foi aprovado na Universidade Federal de Sergipe, conquistando o 8º lugar na classificação, de acordo com o resultado divulgado na última sexta-feira (11).

   Já que o início das aulas só ocorrerá em abril para os aprovados no último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), Jonas está curtindo suas férias ao lado da família e dos amigos, buscando utilizar o espaço de tempo de três meses também para descansar. O estudante ainda aproveita a oportunidade para dar uma dica fundamental àqueles que buscam seguir seu exemplo: “O candidato deve procurar sempre se manter a par dos fatos atuais e resolver exercícios exaustivamente, pois a repetição dos métodos de resolução acaba virando um padrão e, consequentemente, um hábito”, pondera. 

Confira abaixo a entrevista com Jonas Augusto.
 
Gustavo Aquino: O que o motivou a prestar vestibular para Medicina?

Jonas Augusto: Bom, além de sempre ter sido uma área promissora, com bastantes oportunidades de trabalho, a minha família sempre deu um incentivo “natural” para isso. Tenho vários tios e primos médicos e em formação na área, então dá vontade de ser tão competente quanto eles e alcançar o reconhecimento que todos alcançaram em seus respectivos locais de atuação.

G.A.: O fato de você ter sido aprovado em Medicina tão cedo, aos 18 anos, faz você se sentir pressionado com a responsabilidade que o curso exige?

J.A.: Apesar da pouca idade, por não ter passado de primeira logo após o terceiro ano do ensino médio, esse ano de cursinho me fez amadurecer bastante... Quando você percebe que fracassou e que podia ter se saído bem melhor, “cai a ficha” e você toma noção da responsabilidade que o vestibular exige. Devido a isso e à disciplina que eu sempre tive em relação aos estudos, espero acompanhar bem o andar do curso.

G.A.: Ser aprovado em um vestibular tão concorrido como esse requer horas de estudo e bastante dedicação. Como era sua rotina semanal?

J.A.: A modalidade de cursinho pela qual eu optei tinha aulas pela manhã e pela tarde, de segunda a sexta. No fim da aula da tarde, eu lanchava algo rápido e estudava no próprio prédio do cursinho com mais dois amigos até as 22h30, 23h. Chegando em casa, estudei na madrugada em algumas oportunidades também. Nos fins de semana, raramente eu lia algo, aproveitava meu tempo mais para um descanso da rotina dura da semana... Momentos de descontração são fundamentais.

G.A.: O tema da redação do último ENEM pegou grande parte dos alunos de surpresa. E você conseguiu obter a nota máxima (1.000 pontos), que te ajudou efetivamente na aprovação. Esperava esse resultado?

J.A.: Eu sinceramente não esperava, devido ao fato da grande desconfiança que se instalou em todos que prestaram o ENEM nesses últimos anos com relação à banca corretora de redações. Foi um tema de dificuldade razoável, e sobre o qual nem todos têm um domínio amplo. Seria necessário ter um conhecimento de mundo considerável, visto que a sugestão de redação abrangia uma causa presente em vários momentos da história do nosso país, com diferentes intensidades ao longo da história.

G.A: A família é repleta de médicos, principalmente na área da oftalmologia. Acha que existe uma possibilidade maior de você também seguir esse caminho?

J.A.: É. Por terem tantos nessa área há uma boa chance de eu segui-los, sim. Mas também há otorrinolaringologistas, anestesiologistas... De uma forma ou de outra, são seis anos de curso para ver em qual especialidade eu me encaixo melhor.

G.A.: Caso seja aprovado na UFRJ, sua segunda opção no Sisu, ou em outra(s) universidade(s) públicas fora do estado, em que você vise uma importância maior para sua bagagem acadêmica, abdicará dos estudos na UFAL?

J.A.: Não, de forma alguma. Sempre foi um sonho ser aprovado em medicina e sendo aqui no meu próprio estado, me sinto mais confortável, por ter o suporte necessário da família e dos amigos. Num curso como esse, espero fazer residência e especialização em outro estado, para aí sim, ter uma formação mais completa. Por hora, vou permanecer aqui.

G.A.: As aulas começarão em abril, na UFAL. Quais são seus planos durante esse espaço de tempo?

J.A.: Quero aproveitar ao máximo esse tempo para ter o descanso que eu não tive durante o ano passado e não terei nem tão cedo entrando num curso como esse (risos).

G.A.: Todos os anos, vemos inúmeros estudantes batalhando por uma vaga no curso de Medicina nas mais diversas universidades públicas, principalmente. Sendo assim, quais dicas fundamentais você daria para esses estudantes que também almejam trilhar esse caminho?

J.A.: A dica é genérica, visto que cada pessoa tem um ritmo de estudos e aprendizagem diferente, mas passa muito por estabelecer uma rotina árdua de estudos, sempre com um tempo livre no fim de semana para refrescar um pouco a mente. Que o candidato procure sempre se manter a par dos fatos atuais e resolva exercícios exaustivamente, pois a repetição dos métodos de resolução acaba virando um padrão e, consequentemente, um hábito.

Por Gustavo Aquino

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