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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PROGRAMAÇÃO DE VERÃO: CONFERIR DE PERTO AS BELEZAS DO RIO SÃO FRANCISCO


Além do passeio de catamarã, visitantes também têm a oportunidade de conhecer a usina hidrelétrica de Xingó, mergulhar no cânion do Rio São Francisco e visitar a cidade histórica de Piranhas (AL)


   Quem ainda não conferiu a sensação de ver brilhar as águas do Velho Chico e presenciar tantas belezas naturais num grandioso passeio de catamarã, ainda está em tempo de fazê-lo. Com uma das programações mais requisitadas nesta alta temporada, o Sertão de Sergipe e de Alagoas ganha um grande fluxo de visitantes dos quatro cantos do país. A Usina Hidrelétrica de Xingó, o cânion do Rio São Francisco (local onde é próprio para banho e mergulho), belas paisagens naturais e a cidade histórica de Piranhas são os pontos da região do Velho Chico que mais chamam a atenção dos turistas.

Em frente ao restaurante Carrancas, turistas se preparam para o início da jornada no catamarã. (Foto: Gustavo Aquino)
   Os barcos partem do restaurante Carrancas, localizado na cidade de Canindé de São Francisco, entre os horários das 8:30 às 14h e o custo é de R$ 70,00 por pessoa (somente o passeio). 
Instrutor mostra aos turistas como se deve usar o colete para casos de emergência. (Fotos: Gustavo Aquino)
   Os turistas ainda contam com um instrutor durante o passeio sobre como utilizar o colete em casos emergenciais e para a parada de banho no cânion do Rio São Francisco.

Turistas dos mais diversos lugares do Brasil experienciam passeio de catamarã. (Foto: Gustavo Aquino)



O Paraíso do Talhado encanta aqueles que passam pela região. (Foto: Gustavo Aquino)
A Pedra do Gavião é um dos pontos mais famosos do Velho Chico. (Foto: Gustavo Aquino)

Imagem de São Francisco na divisa de Sergipe e Alagoas. (Foto: Gustavo Aquino)
A parada de banho no cânion do Velho Chico é um dos itens mais preferidos pelos visitantes. (Foto: Gustavo Aquino)

  
   O cânion do Rio São Francisco possui uma beleza natural tão estonteante que em 2011 o local serviu de cenário para as gravações da primeira fase da novela Cordel Encantado, da Rede Globo. O 5º maior cânion navegável do planeta, o cânion de Xingó propicia aos visitantes um passeio de canoa por dentro dele que custa apenas R$ 5,00. 
A Usina Hidrelétrica de Xingó é a segunda maior do Brasil e uma das mais modernas do mundo. (Foto: Gustavo Aquino)




Piranhas, a "Lapinha do Sertão" 
 
A cidade de Piranhas também é uma das locações procuradas pelos turistas. (Foto: Gustavo Aquino)

Linha férrea tem como finalidade estimular o turismo na cidade. (Foto: Gustavo Aquino)
   Neste verão, a cidade de Piranhas também é uma excelente opção para quem deseja experimentar a calmaria das águas do Velho Chico em suas margens. Exuberantes imagens paisagísticas do rio e da caatinga predominante na região complementam o Sertão de São Francisco, elevando o fluxo de turistas e da economia local, centrada na pesca, pecuária extensiva e agricultura.

   Mais informações acerca da cidade de Piranhas você encontra em http://www.ferias.tur.br/informacoes/147/piranhas-al.html

   Não fique de fora dessa e aproveite já o melhor que o paraíso de São Francisco tem a oferecer! 

Por Gustavo Aquino

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

QUANDO A FÉ ESTÁ ACIMA DE TUDO

Jovens católicos, um seminarista e outro próximo de se tornar um, falam sobre experiências em seminário e processo de aprendizado na fé cristã


Respectivamente Felipe Harbson e Ginaldo Alves: ilustração

  


   Vidas tão comuns, caminhos tão distintos, mas um único objetivo: dedicar-se ao evangelho e seguir efetivamente o caminho da palavra cristã. Não fora fácil para esses dois jovens alagoanos de 25 e 26 anos, respectivamente Felipe Harbson e Ginaldo Alves, encontrarem, através da fé, a vocação para se entregar de corpo e alma à religião católica em meio a tantas angústias, incertezas e experiências.
   Para quem almeja ser sacerdote, é preciso se dedicar anos ao seminário, ter muita paciência e acima de tudo, fé. E todos esses elementos nunca faltaram na vida de Ginaldo, que após ter sua primeira experiência em um coral de sua comunidade, percebeu sua vocação para servir à palavra sagrada. “Parecia que tudo estava se esclarecendo em minha vida; era como se eu fosse cego e agora estivesse começando a enxergar. Tudo a partir dali fazia sentido; eu estava nascendo novamente. Entendi isso quando li o terceiro capítulo do evangelho de João”, explica. Por sua vez, Felipe, que sempre teve uma família católica, disse que antes de se entregar efetivamente à religião, teve uma vida de católico praticante que não levava tão a sério a própria fé. No entanto, foi em um encontro da Comunidade Canção Nova, da cidade de Gravatá (PE), que resolveu questionar a Deus se nele existia “vocação” para caminhar na fé cristã. Acostumado a ir a encontros do gênero, Felipe aguardou algum sinal (resposta) relacionado ao seu questionamento. Fez contatos com alguns irmãos da fraternidade O Caminho, e um deles, em especial, passou uma noite em oração por ele, chegando a lhe enviar uma carta incentivando-o a enfrentar as angústias e os desafios para viver uma vida consagrada. Fora através desse fator que Felipe diz se sentir “catequizado” por Deus.
   No início, Ginaldo conta que sua família ficou triste com sua decisão de ser sacerdote, mas com o passar do tempo, seus pais viram sua realização plena, acostumaram-se com a ideia e passaram a encontrar a própria felicidade. “A princípio ficaram um pouco tristes, pois todos querem que seus filhos se casem e lhe deem netos. Contudo, eles me apoiaram nessa decisão, pois viam que eu estava feliz e a vida que eu vivia agora não se comparava à de antes. Hoje, acho que eles ficariam muito tristes se eu abandonasse essa vocação”, frisa. Já a família de Felipe apoiou sempre sua escolha, pois segundo ele, todos são católicos e conscientes da própria fé. Estudante de Engenharia Civil, ele diz que pretende conciliar as duas vocações (a espiritual e a profissional), embora lhe pareça uma tarefa crucial. Ele cita um aspecto interessante que o incentiva nessa tentativa: “já cheguei até a dormir em uma casa construída por um sacerdote engenheiro. Isso já é bastante motivador para mim”.
   Ginaldo completou quatro anos na Arquidiocese de Maceió e concluiu recentemente a primeira fase que se concentra na Filosofia, sendo 2012 o seu terceiro ano. Neste ano, iniciará uma nova fase de quatro anos concentrada em Teologia. Já Felipe, embora ainda não seja seminarista (só entrará no Seminário quando concluir seu curso na Universidade Federal de Alagoas, que será em breve), está colhendo bons frutos como catequista de Crisma, que iniciou o trabalho no início de 2010 e que o finalizou em novembro com uma turma que passou a ser formada no segundo semestre de 2011.
   Maceió, atualmente, possui 35 (trinta e cinco) paróquias e mesmo assim, Felipe e Ginaldo acreditam que ainda existe carência de sacerdotes na capital alagoana. “Infelizmente existe essa carência. O ideal seria que todo sacerdote tivesse uma comunidade a ponto de conhecer pessoalmente cada fiel”, disse Felipe. Ginaldo enxerga a carência não restritamente à diminuição do número de sacerdotes, mas a outros fatores, como o aumento populacional, o aumento do nível escolar (que requer uma maior necessidade para que as pessoas conheçam mais profundamente a fé da Igreja), questões do ativismo e materialismo demasiadamente presentes na sociedade atual, o aumento do Protestantismo e de outras seitas e religiões. “Em tudo isso há a necessidade de uma maior demanda de padres para que essas questões sejam tratadas mais cuidadosamente“, acredita.

 Polêmica

  Um assunto bastante delicado e discutido assiduamente em sociedade são fatos relacionados a alguns crimes de pedofilia, ocorridos recentemente em Alagoas, envolvendo alguns sacerdotes. Essa polêmica poderia causar um sério descontentamento em seminaristas que estão trilhando seu objetivo através da fé, mas Felipe, embora não se sinta bem ao se deparar com fatos dessa natureza, reza, através de sua fé como cristão, pela conversão desses sacerdotes, e comenta acerca de algumas pesquisas divulgadas: “a porcentagem de casos como esses é muito pequena. Pode-se dizer que não são sacerdotes que se tornaram pedófilos, mas pedófilos que se tornaram sacerdotes”, finaliza.

Por Gustavo Aquino

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

JOVEM DE 18 ANOS CONQUISTA 1º LUGAR EM MEDICINA DA UFAL



   Ser aprovado no curso de Medicina, o mais concorrido da Universidade Federal de Alagoas, não é uma tarefa fácil; e estar em primeiro lugar na classificação é ainda mais crucial. Foi o que aconteceu com o alagoano Jonas Augusto França Santos, de apenas 18 anos, que conseguiu a aprovação em seu segundo vestibular. E já que sempre se tem um preço para alcançar o sucesso, disciplina e dedicação redobradas com relação ao ano anterior foram imprescindíveis para que o estudante atingisse essa meta.

   Segundo Jonas, o que o motivou a optar por estudar Medicina foram os grandes exemplos que integram sua família paterna, contando com tios e primos nos quais se espelha. Otorrinolaringologia, anestesiologia e oftalmologia são as áreas em que boa parte de seus familiares atuam; a maioria deles nesta última. O jovem estudante diz que apesar de ser bastante cedo para escolher em qual das áreas pretende atuar, a oftalmologia é um possível caminho a ser trilhado.

   Além da repercutida aprovação da Ufal, Jonas também foi aprovado na Universidade Federal de Sergipe, conquistando o 8º lugar na classificação, de acordo com o resultado divulgado na última sexta-feira (11).

   Já que o início das aulas só ocorrerá em abril para os aprovados no último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), Jonas está curtindo suas férias ao lado da família e dos amigos, buscando utilizar o espaço de tempo de três meses também para descansar. O estudante ainda aproveita a oportunidade para dar uma dica fundamental àqueles que buscam seguir seu exemplo: “O candidato deve procurar sempre se manter a par dos fatos atuais e resolver exercícios exaustivamente, pois a repetição dos métodos de resolução acaba virando um padrão e, consequentemente, um hábito”, pondera. 

Confira abaixo a entrevista com Jonas Augusto.
 
Gustavo Aquino: O que o motivou a prestar vestibular para Medicina?

Jonas Augusto: Bom, além de sempre ter sido uma área promissora, com bastantes oportunidades de trabalho, a minha família sempre deu um incentivo “natural” para isso. Tenho vários tios e primos médicos e em formação na área, então dá vontade de ser tão competente quanto eles e alcançar o reconhecimento que todos alcançaram em seus respectivos locais de atuação.

G.A.: O fato de você ter sido aprovado em Medicina tão cedo, aos 18 anos, faz você se sentir pressionado com a responsabilidade que o curso exige?

J.A.: Apesar da pouca idade, por não ter passado de primeira logo após o terceiro ano do ensino médio, esse ano de cursinho me fez amadurecer bastante... Quando você percebe que fracassou e que podia ter se saído bem melhor, “cai a ficha” e você toma noção da responsabilidade que o vestibular exige. Devido a isso e à disciplina que eu sempre tive em relação aos estudos, espero acompanhar bem o andar do curso.

G.A.: Ser aprovado em um vestibular tão concorrido como esse requer horas de estudo e bastante dedicação. Como era sua rotina semanal?

J.A.: A modalidade de cursinho pela qual eu optei tinha aulas pela manhã e pela tarde, de segunda a sexta. No fim da aula da tarde, eu lanchava algo rápido e estudava no próprio prédio do cursinho com mais dois amigos até as 22h30, 23h. Chegando em casa, estudei na madrugada em algumas oportunidades também. Nos fins de semana, raramente eu lia algo, aproveitava meu tempo mais para um descanso da rotina dura da semana... Momentos de descontração são fundamentais.

G.A.: O tema da redação do último ENEM pegou grande parte dos alunos de surpresa. E você conseguiu obter a nota máxima (1.000 pontos), que te ajudou efetivamente na aprovação. Esperava esse resultado?

J.A.: Eu sinceramente não esperava, devido ao fato da grande desconfiança que se instalou em todos que prestaram o ENEM nesses últimos anos com relação à banca corretora de redações. Foi um tema de dificuldade razoável, e sobre o qual nem todos têm um domínio amplo. Seria necessário ter um conhecimento de mundo considerável, visto que a sugestão de redação abrangia uma causa presente em vários momentos da história do nosso país, com diferentes intensidades ao longo da história.

G.A: A família é repleta de médicos, principalmente na área da oftalmologia. Acha que existe uma possibilidade maior de você também seguir esse caminho?

J.A.: É. Por terem tantos nessa área há uma boa chance de eu segui-los, sim. Mas também há otorrinolaringologistas, anestesiologistas... De uma forma ou de outra, são seis anos de curso para ver em qual especialidade eu me encaixo melhor.

G.A.: Caso seja aprovado na UFRJ, sua segunda opção no Sisu, ou em outra(s) universidade(s) públicas fora do estado, em que você vise uma importância maior para sua bagagem acadêmica, abdicará dos estudos na UFAL?

J.A.: Não, de forma alguma. Sempre foi um sonho ser aprovado em medicina e sendo aqui no meu próprio estado, me sinto mais confortável, por ter o suporte necessário da família e dos amigos. Num curso como esse, espero fazer residência e especialização em outro estado, para aí sim, ter uma formação mais completa. Por hora, vou permanecer aqui.

G.A.: As aulas começarão em abril, na UFAL. Quais são seus planos durante esse espaço de tempo?

J.A.: Quero aproveitar ao máximo esse tempo para ter o descanso que eu não tive durante o ano passado e não terei nem tão cedo entrando num curso como esse (risos).

G.A.: Todos os anos, vemos inúmeros estudantes batalhando por uma vaga no curso de Medicina nas mais diversas universidades públicas, principalmente. Sendo assim, quais dicas fundamentais você daria para esses estudantes que também almejam trilhar esse caminho?

J.A.: A dica é genérica, visto que cada pessoa tem um ritmo de estudos e aprendizagem diferente, mas passa muito por estabelecer uma rotina árdua de estudos, sempre com um tempo livre no fim de semana para refrescar um pouco a mente. Que o candidato procure sempre se manter a par dos fatos atuais e resolva exercícios exaustivamente, pois a repetição dos métodos de resolução acaba virando um padrão e, consequentemente, um hábito.

Por Gustavo Aquino